A educação linguística crítica no espaço acadêmico e suas complexidades: conquistas e caminhos a traçar

debate temático 03

 

Nara Hiroko Takaki (UFMS)
Simone Batista da Silva (UFRRJ)
Souzana Mizan (UNIFESP)
Vanderlei José Zacchi (UFS)

 

Tendo em vista nossa passagem por este planeta e o convite a uma aventura intelectual e filosófica, repensar a educação linguística em novos tempos é abrir a mente para a aprendizagem ubíqua. Processos de globalização e digitalização de línguas e culturas criam espaços transnacionais - físicos e virtuais - em que o contato linguístico-cultural acontece.

A academia de hoje, apesar de tentar se inserir nesse contexto novo, por meio de pesquisas e ensino sobre o uso de tecnologias no contexto educacional, da multimodalidade da língua, e da criticidade no ensino situado de línguas no Brasil, encontra-se perplexa frente às conquistas dessa área de estudo, que busca uma educação de línguas nem universal nem gradativa, mas emergente e rizomática.

Essa aventura da educação linguística crítica, tanto prazerosa como conflituosa, que se faz com e através da linguagem, nunca nos abandonou, e cumpriu seu papel discursivo em cada lugar e época, nos trazendo ao presente. As pesquisas, aulas e reflexões sobre essa perspectiva na educação linguística, aliam teorias e práticas que povoam nossas histórias aqui e acolá, dentro de contextos que ora se entrecruzaram ora se distanciam.

O elo comum busca uma formação para a diluição e o embaçamento das fronteiras linguísticas, sociais, culturais, nacionais, identitárias e étnicas dentre outras, sob a premissa de que a linguagem é viva e parte constitutiva da nossa capacidade de pensarmos diferente, de rompermos com laços da modernidade e olharmos para um futuro fluido, cheio de incertezas.

Seria, então o objetivo deste debate um caminho possível para adotarmos o espírito da própria linguagem e reinventarmos maneiras diferentes de exercitarmos educação linguística crítica?

Se isso faz sentido para este momento, propomos discutir questões, tais como:

a) tecnologias no ensino de línguas;
b) multimodalidade na expressão linguística;
c) ensino de língua no contexto rural;
d) genealogia na sala de aula e;
e) interpretando interpretações.

Nota: Nós, coautores da proposta “A educação linguística crítica no espaço acadêmico e suas complexidades: conquistas e caminhos a traçar”, esclarecemos que o resumo submetido foi redigido de forma não-convencional ao gênero - e inclusive termina com um enunciado incompleto - propositadamente. Nossa proposta quer suscitar desafios às formas legitimadas de produção de conhecimento na Academia e, por este motivo, ousamos.